quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A coleta de lixo por meios alternativos em pequenas cidades*

 * Coluna produzida com exclusividade para o Jornal Armazém de Notícias.

Pensar a sustentabilidade em pequenos municípios é desenvolver com muita criatividade ações que tragam benefícios a todos os envolvidos (comunidade, poder público, empreendedores e outros), buscando sempre medidas que gerem pequeno impacto financeiro, devido a uma reduzida capacidade de investimento e uma grande necessidade de adquirir eficiência na execução dos serviços.

Nesta matéria, os serviços de coleta de lixo, pelos quais nos sentimos responsáveis como geradores, mas que na verdade é de responsabilidade das Prefeituras, representam um enorme desafio para nossas sociedades. Como realizar a coleta com eficiência, prejudicando o menos possível o meio ambiente e ainda gerando bons empregos (com boas condições de trabalho e não subempregos)?


Uma das respostas para isto vem do sistema de coleta e algumas formas alternativas estão aí para serem testadas. O uso de bicicletas pelos catadores, como a da foto abaixo, tem sido proposto em diversos locais, como forma de substituição aos veículos de tração animal (carroças) e de tração humana (carrinhos) existentes nos médios e grandes centros.

Algumas bicicletas usam motorização elétrica e outras apenas reaplicam a força humana de uma forma mais racional e ergonômica (com menos esforço e menor prejuízo à saúde), podendo inclusive ter dois condutores (como a da foto). Estes equipamento podem ser usados para o recolhimento de lixo seco (reciclável), desde que os moradores separem seu lixo em casa (para a coleta seletiva) e que um sistema de coleta específico para o lixo orgânico seja implantado paralelamente (utilizando pequenos caminhões, talvez elétricos no futuro). Outro fator que influencia bastante a viabilidade destes sistemas é o relevo dos locais onde serão aplicados. No caso de cidades muito planas (como Tapes, por exemplo), o sistema é perfeitamente viável. Sem dúvida, a busca pela eficiência e pelas melhores condições de trabalho dos catadores de materiais recicláveis é um desafio, não apenas para os gestores públicos, mas para todos os cidadãos!

RAFAEL FERNANDES
Tecnólogo, consultor e perito ambiental; especialista em gestão pública.

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